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O Que FAzemos

Inclusão e Cidadania Digital Kaingang

O projeto busca promover o acesso à informação, inclusão e a cidadania digital de crianças e adolescentes indígenas e de comunidades Kaingang na região de Londrina e Tamarana. Um dos objetivos do projeto é constituir uma rede institucional e comunitária de apoio a inclusão digital dos Kaingangs a partir da participação direta da comunidade indígena e assim ampliar a acessibilidade digital de crianças e adolescentes indígenas garantindo condições mínimas para implementação de um programa de cultura digital e cidadania. O projeto é uma realização da Associação Londrinense de Circo e correalizado pela ONG Casa da Arvore com patrocínio da Secretaria do Desenvolvimento Social e da Família do Estado do Paraná (SEJUF).

Os povos nativos são um segmento da sociedade que sempre ficou excluído no acesso ao conhecimento, desde o surgimento das telecomunicações, as redes eletrônicas e sua convergência nas tecnologias de informação e comunicação (TICs), estas novas ferramentas causaram outro impacto nas comunidades indígenas, o que poderia considerar-se positivo ou negativo dependendo das possibilidades de acesso ou uso. Os primeiros computadores acessíveis aos indígenas, revelaram um desconhecimento sobre seu uso, logo as TICs através de sistemas de redes, causaram outra exclusão, pois estas ferramentas implicavam uma conexão-vinculação, mas a realidade indígena em geral carecia união, existindo alguns fatos isolados de grupos étnicos com conexão simples a redes com uma difusão dos seus conteúdos nos circuitos virtuais.

A Internet constitui uma massa de informação que apresenta fundamentalmente um caráter etnocêntrico, que não considera as diferenças culturais e identidades étnicas das culturas minoritárias. Os povos indígenas têm tido um impacto desta mídia que condiciona seu acesso/uso pelo conhecimento de comandos e estratégias de busca, assim como pela elaboração de conteúdos digitais.Na região de Londrina, local onde este projeto propõe realizar suas ações, vivem cerca de 700 famílias distribuídas em quatro aldeias, atendidas por três escolas Estaduais onde as crianças e adolescentes estudam, observamos estes espaços serem um espaço de diálogo e construção de conteúdos em parceria com esta proposta.

A inclusão digital indígena constitui uma das mais recentes políticas públicas para a “inclusão” deste segmento social, no âmbito do conhecimento, os quais historicamente foram mais objetos passivos de políticas indigenistas assimilacionistas e tutelares, em vez de ser participantes ativos na solução dos seus problemas. A inclusão digital destinada à população indígena tem sido muito restrita, isto é, aquela ligada à disponibilidade de equipamentos tecnológicos, o consumo de recursos e informações e a capacitação de pessoas para o uso de computadores. Contudo este último aspecto é algo também muito demandado pelos indígenas, pois quase não existe, sobretudo com crianças e adolescentes indígenas.

As novas tecnologias de comunicação e informação devem ser compartilhadas o quanto antes, caso contrário, corremos o risco de criar uma nova casta: os excluídos digitais. A sociedade da informação tem de ser democratizada, deve possibilitar a toda a população, inclusive àquela parcela tida como vulnerável, o acesso às novas tecnologias, respeitando suas diferenças culturais. Atualmente, as quase 2000 pessoas que vivem na Reserva Indígena do Apucaraninha, não possuindo acesso à internet ou a tecnologias de comunicação, informação e mobilidade. Não há cobertura de internet móvel e das três escolas estaduais que atendem ao povo Kaingang apenas uma conta com sinal de internet (não sendo banda larga o que diminui muito a qualidade das atividades), porém sem todos os outros recursos necessários para que essa ínfima conectividade seja convertida, através de ações educativas e sociais, em cidadania.

Com o presente projeto buscamos desenvolver uma tecnologia social, ou seja, uma forma organizada e estratégica de utilizar os recursos disponíveis e de forma participativa para criar soluções para problemas que assolam a comunidade. Uma abordagem inovadora e sustentável para desenvolvimento de indicadores sociais, que poderá servir de caminho para que outras comunidades tradicionais possam desenvolver sua própria vocação de inovação frente à exclusão digital e seus desdobramentos.

Propomos aqui ampliar a conectividade e acessibilidade digital das aldeias Kaingang da R.I. Apucaraninha, com internet banda larga gratuita, fazendo com que 75% da área de adensamento populacional deste território seja coberta por serviços de internet via satélite. Outro desafio de desenvolvimento social e construção de direitos assumidos pelo presente projeto é o letramento midiático e informacional ( ou letramento digital). Atualmente não há nenhuma política pública ou iniciativa comunitária ou da sociedade civil atuando na redução dessa brutal diferença social, a exclusão digital dos Kaingang.

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